Isso equivale a uma pessoa de 70 kg conseguir levantar 80 toneladas.
Besouro 'Onthophagus taurus' consegue carregar mais de mil vezes o peso do seu corpo. Força extrema é usada em rituais de acasalamento. (Foto: Alex Wild Photography)
O inseto mais forte do mundo é um tipo de besouro macho, que precisa usar todo o seu poder para acasalar com as fêmeas em meio a fezes de animais, informaram nesta quarta-feira (24) cientistas britânicos e australianos.
O Onthophagus taurus é capaz de puxar 1.141 vezes seu próprio peso corporal: o equivalente para uma pessoa de 70 quilos conseguir levantar 80 toneladas, o peso de seis ônibus de dois andares.
A força extraordinária de muitos besouros se deve a seus incomuns rituais de acasalamento. Porém, até mesmo os machos mais fracos da espécie têm uma compensação evolutiva: testículos enormes que aumentam suas chances de fertilizar uma fêmea.
"Os insetos são bem conhecidos por serem capazes de fazer as mais incríveis demonstrações de força e tudo se deve a suas curiosas vidas sexuais", explicou um dos pesquisadores, Rob Knell, da Queen Mary, uma das maiores faculdades da Universidade de Londres.
"Os besouros fêmeas dessa espécie cavam túneis no esterco, onde os machos acasalam com elas. Se um macho entrar em um túnel que já está ocupado por um rival, eles vão lutar com os chifres, um tentando puxar o outro para fora", acrescentou.
Knell afirmou ainda que alguns besouros, embora sejam menores e mais fracos, não precisam disputar a atenção das fêmeas por causa de seus "testículos substancialmente maiores".
"Isso sugere que eles passam, sorrateiramente, pelas costas do outro macho e aguardam que ele olhe para o outro lado para ter uma chance de acasalar com a fêmea", disse.
"Ao invés de desenvolver uma força incomum para lutar pela fêmea, eles produzem muito mais esperma para aumentar suas chances de fertilizar os ovos dela e garantir a passagem de seus genes para a próxima geração", emendou.
As performances do Onthophagus taurus são contadas por Knell e o professor Leigh Simmons, da Universidade da Austrália Ocidental, na publicação científica "Proceedings of the Royal Society B".
A imagem que ilustra esta matéria foi cedida por Alex Wild , especialista em fotografar insetos.
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