‘Australopithecus sediba’ traz pistas de período pobre em registros fósseis.
Os fósseis de uma fêmea com cerca de 30 anos de idade e um garoto com cerca de 13 que morreram ao cair em um fosso de 50 metros, possivelmente no meio de uma tempestade, revelam um novo ancestral da espécie humana. Batizada de Australopithecus sediba, trata-se de uma espécie de hominídeo que revela dados inéditos de um período da história até hoje carente de vestígios fósseis. Os achados ocorreram no sítio de Malapa, na África do Sul, uma região rica em cavernas que é revirada pela ciência desde 1935.
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Crânio do primeiro indivíduo localizado, o U.W. 88-50 (MH 1), no sítio de Malapa, África do Sul (Foto: Brett Eloff, cortesia de Lee Berger e da Universidade de Witwatersrand)
Os australopitecos – do latim australis, “do sul”, e do grego pithekos, “macaco”) formam um gênero de diversos hominídeos extintos, bastante próximos aos do gênero Homo. O Australopithecus africanus, datado em 2,5 milhões a 2,9 milhões de anos, tem sido considerado o ancestral direto do gênero Homo (das espécies Homo habilis, Homo rudolfensis e Homo erectus, nessa ordem). Agora, o Au. sediba (sediba significa "fonte"), datado em 1,78 milhão a 1,95 milhão de anos, se candidata a ocupar esse posto.
Em teleconferência na quarta-feira (7), Berger contou que haverá um concurso na África do Sul para que estudantes escolham o nome do "ancestral adolescente". "Será parte de uma campanha de educação científica."
Ele também revelou que o grupo encontrou pelo menos outros dois indivíduos no mesmo sítio. Como as escavações ainda estão sendo realizadas, Berger não quis dar mais detalhes.
Os artigos "Australopithecus sediba: a New Species of Homo-like Australopith from South Africa" e "Geological Setting and Age of Australopithecus sediba from Southern Africa" serão publicados na edição de sexta-feira (9) da revista “Science”.
(FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1560838-5603,00.html, em 09 de abril de 2010.)
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