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terça-feira, 12 de maio de 2009

Suplemento de vitaminas pode atrapalhar efeitos benéficos do exercício físico


Vitaminas C e E impediriam que organismo fique mais resistente a diabetes.
Chave do fenômeno pode ser ação de nutrientes sobre oxigênio celular.

Se você resolveu malhar pesado para emagrecer e colocar a saúde em dia, vá em frente, mas cuidado: nem pense em tomar suplementos de vitaminas ao mesmo tempo. Essa, ao menos, é a conclusão paradoxal de um estudo coordenado por pesquisadores alemães. Eles verificaram que o consumo dos suplementos alimentares pode colocar o efeito benéfico do exercício físico a perder, em especial no que se refere à prevenção contra o diabetes.

Os resultados da pesquisa, liderada por Michael Ristow, da Universidade de Iena, estão na edição desta semana da prestigiosa revista científica americana "PNAS". O design experimental não poderia ser mais simples: 40 homens adultos saudáveis iniciaram um programa de exercícios físicos; metade deles recebi suplementos das vitaminas C e E e metade não ingeria as vitaminas.

Os pesquisadores usaram biópsias dos músculos dos voluntários para examinar o que acontecia com o metabolismo deles. Normalmente, o que acontece é que a malhação facilita a ação da insulina no organismo das pessoas, o que ajuda a prevenir o diabetes, uma das doenças mais complicadas e comuns da modernidade.

Acontece que os sinais de uma melhora no metabolismo da insulina eram praticamente anulados nas pessoas que ingeriam os suplementos de vitaminas. Para os pesquisadores o "elo perdido" desse fenômeno misterioso pode ser a produção de radicais livres, formas quimicamente instáveis de oxigênio produzidas pelas células durante o esforço físico. Acontece que as vitaminas C e E possuem efeito antioxidante, acabando com os radicais livres. Ou seja, é como se o corpo não "sentisse" os efeitos do exercício.

É importante lembrar que os pesquisadores não desaconselham o consumo de frutas, verduras e outros alimentos ricos em vitaminas. Mas os dados mostram que a ingestão de suplementos de vitamina C e E precisa ser repensada.

Fonte: G1 (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1116851-5603,00-SUPLEMENTO+DE+VITAMINAS+PODE+ATRAPALHAR+EFEITOS+BENEFICOS+DO+EXERCICIO+FISI.html), em 12 de maio de 2009.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Entenda como a gripe suína se espalha entre humanos

Segundo especialistas, vírus não passa facilmente de humano a humano.
Contato com porcos aumenta risco, mas consumo de carne suína é seguro.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) divulgou algumas informações sobre o vírus H1N1, a chamada gripe suína que está causando preocupação mundial após casos confirmados em México, EUA, Canadá e Espanha.

A análise do vírus sugere que ele tem uma combinação de características das gripes suína, aviária e humana. Essa versão, especificamente, não havia sido descoberta antes pelos cientistas. Mas, felizmente, a conclusão inicial é a de que o vírus se espalha mais facilmente entre os porcos, e o contágio de humano para humano não é tão comum e simples quanto o da gripe comum.

A maioria dos casos ocorre quando pessoas têm contato com porcos infectados ou objetos contaminados circulando entre pessoas e porcos. Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos. Cozinhar a carne de porco a 71 graus Celsius mata o vírus da gripe suína, assim como outros vírus e bactérias.

Os sintomas da gripe suína em humanos são similares àqueles da gripe convencional -- febre repentina, tosse, dores musculares e cansaço extremo. Esse novo surto, aparentemente, também causa mais diarreia e vômitos que a gripe convencional.

Vacinas estão disponíveis aos porcos para a prevenção da gripe suína. Não há vacina para humanos, embora o CDC esteja formulando uma. A vacina contra a gripe convencional pode ajudar a prover proteção parcial contra o vírus suíno H3N2, mas não contra o H1N1, como o que está circulando agora.

Reservatório e misturador

Os porcos têm uma constituição que os permite serem infectados por gripes humanas ou aviárias. Quando um vírus da gripe de diferentes espécies infecta porcos, eles podem se misturar dentro do animal e novos vírus mutantes podem ser criados -- como a cepa do H1N1 vista agora.

Esse vírus pode ser retransmitido dos porcos de volta para os humanos, que até podem se contaminar entre si, mas num processo bem mais difícil do que em uma gripe convencional.

Fonte: G1 (http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1097486-5602,00.html), em 01 de maio de 2009.

sábado, 18 de abril de 2009

Pesquisa sugere novo padrão para iniciar tratamento contra o HIV

Especialistas recomendam uso de remédios em fase mais precoce da Aids.
Recomendação dificilmente será seguida em países africanos afetados.
Pesquisadores identificaram um novo padrão para iniciar o tratamento por medicamentos contra a Aids, de acordo com um relatório publicado online na revista científica "Lancet".
A questão de quando começar o tratamento tem sido um "pêndulo", diz um editorial que acompanha o estudo. O marcador em questão é a contagem CD4, que representa quantas das células atacadas pelo vírus da Aids são encontradas em um microlitro de sangue.

Em países pobres, a Organização Mundial de Saúde recomenda iniciar quando a contagem está entre 200 e 350; em países ricos, a decisão é tomada por pacientes e médicos. A nova análise, que examinou 18 estudos com 45 mil pacientes americanos e europeus, concluiu que começar mais cedo salvou mais vidas, então o tratamento deveria começar quando a contagem cai para 350.

É uma troca. Um tratamento prematuro agressivo pode evitar a explosão completa da Aids e a morte, mas remédios antirretrovirais podem causar redistribuição de gorduras, hepatite, falência dos rins, dores e elevação do risco de doenças cardíacas. Os novos procedimentos são menos tóxicos, mas nem sempre estão disponíveis em países pobres, onde os medicamentos chegam a menos da metade das pessoas que precisam deles.

A descoberta tem implicações complexas para a África, onde o número de pessoas doentes o bastante para precisar dos medicamentos vem aumentando em cerca de 1 milhão por ano. Se a OMS adotar o novo padrão, o número pode aumentar em mais 1 milhão, alguns estimam. As doações globais para pagar por tratamentos não acompanharam nem mesmo as necessidades atuais.

Fonte: G1 (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1088943-5603,00-PESQUISA+SUGERE+NOVO+PADRAO+PARA+INICIAR+TRATAMENTO+CONTRA+O+HIV.html), em 18 de abril de 2009.

Micróbios na Antártida aumentam chances de encontrar vida extraterrestre


Criaturas formaram ecossistema debaixo de quase 500 m de gelo.
Água em que vivem é extremamente salgada e sem oxigênio algum.

Quase meio quilômetro de gelo na cabeça, sal a dar com o pau e zero oxigênio. O cenário pode parecer inóspito, mas não para a comunidade de bactérias que habita o fundo da geleira Taylor, na Antártida Oriental. Pesquisadores americanos conseguiram analisar a salmoura que sai debaixo do bloco de gelo e determinaram que se trata de um grupo muito "saudável" de microrganismos, utilizando o ferro e o enxofre do local para se reproduzir há pelo menos 1,5 milhão de anos.

A pesquisa, que está na edição desta semana da revista especializada "Science", foi coordenada por Jill A. Mikucki, da Universidade Harvard (Costa Leste dos EUA). A cientista e seus colegas explicam que a salmoura debaixo da geleira é o resto de um braço de mar que foi engolfado por causa de mudanças geológicas na Antártida. No entanto, bactérias de origem marinha ficaram presas nessa água, que foi se tornando cada vez mais salgada. Em episódios cuja razão ainda não é bem conhecida, essa salmoura às vezes "vaza" debaixo da geleira. Em contato com o oxigênio do ar, ela forma óxidos de ferro, que dão ao vazamento a cor avermelhada acima.

Apesar do isolamento, do frio e da completa falta de oxigênio, os micróbios conseguem usar elementos na água e na rocha debaixo da geleira para sobreviver e prosperar. As condições lembram vagamente as existentes em locais como Europa, a lua gelada de Júpiter que possui um oceano debaixo de uma grossa camada de gelo. Se a vida consegue se estabelecer em locais como essa geleira, não é impossível que ela também floresça em Europa e em outros lugares remotos do Sistema Solar.

(http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1087949-5603,00-MICROBIOS+NA+ANTARTIDA+AUMENTAM+CHANCES+DE+ENCONTRAR+VIDA+EXTRATERRESTRE.html), em 18 de abril de 2009.

quinta-feira, 26 de março de 2009

SP ganha museu de ciência interativo voltado ao público jovem

Espaço de 8 mil m² na região central será inaugurado nesta quinta (26).
Catavento funciona em prédio que abrigou prefeitura entre 1992 e 2002.

Com o nome inspirado em um brinquedo de criança, será inaugurado nesta quinta-feira (26) o primeiro grande museu interativo de ciência de São Paulo. O Catavento, como foi batizado, irá funcionar em uma área de 8 mil m² dentro do Palácio das Indústrias, na região central da capital paulista. Ele vai estar aberto ao público somente a partir desta sexta-feira (27).

Os idealizadores informam que o museu tem um grande “apelo” junto ao público jovem – definições de seu presidente.

No espaço, criado pelas secretarias estaduais de Cultura e Educação, com apoio, por exemplo, da Universidade de São Paulo (USP), foram distribuídas 250 instalações em quatro seções chamadas universo, vida, engenho e sociedade. Em cada uma das áreas, o público terá acesso a conceitos que vão desde a formação do universo até a constituição do corpo humano e o funcionamento da sociedade. Tudo por meio da interação com equipamentos multimídia.

Logo na entrada, o visitante se depara com o primeiro dos ambientes interativos. Dentro da seção universo, a sala inicial simula a lua e visão que temos, a partir dela, da Terra. Até uma suposta pegada de um astronauta no solo lunar foi colocada no chão do local. Mais à frente, é possível ver, em grandes painéis e televisões com vídeos que respondem ao toque, a formação e constituição do universo, suas galáxias e planetas. Nesse espaço está, aliás, um dos poucos objetos históricos reais do lugar: um meteorito de 8,4 kg com mais de 6 mil anos, descoberto na Argentina.

Big Bang e Nemo

Após o passeio pelo espaço, em uma rápida passagem pelo “Big Bang” (nome dado por cientistas para explicar a origem do universo) o público chega à Terra e a percorre desde o seu núcleo até a crosta, com direito à verificar pedaços de minerais e rochas que constituem o solo. A ideia nesse espaço foi transmitir a sensação, para quem o percorre, de subir uma gruta até chegar à superfície do planeta.

Na seção seguinte, a vida, é possível se deparar com uma análise em 3D (três dimensões) do corpo humano e estudos que vão até o genoma. A biodiversidade também é apresentada neste espaço. Entre os seres vivos reais, destaque para o grande aquário com diversos “peixes palhaços”, aqueles que deram origem ao personagem Nemo, da animação “Procurando Nemo”, que deve garantir sucesso junto ao público infanto-juvenil.

No engenho, as criações do homem e como ele descobriu o funcionamento do espaço que o cerca são apresentadas nas áreas de eletromagnetismo, som, mecânica, calor e fluidos.

Conscientização juvenil

O pavimento superior do prédio foi dedicado à seção batizada de sociedade. Destaque para o espaço destinado às discussões, em que o objetivo é estimular os adolescentes e jovens a debaterem a solução de temas polêmicos que envolvem conceitos variados como ecologia e paz.

No espaço se encontra uma parede de escalada com imagens de diversos pensadores da humanidade, como Gandhi e Winston Churchill. A medida que o visitante sobe a parede e se aproxima das figuras, um sensor é acionado e as imagens conversam com o público.

Também nessa seção, por meio de uma parceria com uma ONG (organização não-governamental) que trabalha com questões envolvendo sexualidade entre adolescentes, foi montado um “espaço-labirinto” no qual grupos de 20 adolescentes participam de jogos em que, dependendo de suas respostas, demonstram conduta de risco ou prevenção com relação ao sexo.

Museu sem acervo

Com a inauguração do Catavento, a capital paulista passa a ter três grandes museus sem acervo, ou quase sem. Ao lado do Museu da Língua Portuguesa, na região da Luz, e do Futebol, no Pacaembu, o Catavento foi construído com base em ações de interatividade para reproduzir conceitos e conhecimento. Para o presidente do conselho do museu, Sérgio Freitas, essa é uma tendência do setor. "Apresentar as variedades de assuntos. Inclusive você consegue demonstrar espetacularmente conceitos que antes não se conseguia“, afirmou.

O Palácio das Indústrias, onde o museu está instalado, foi construído em 1924 e tombado como patrimônio histórico pelo Condephaat em 1982. No local funcionou a Prefeitura de São Paulo entre os anos de 1992 e 2002. Desde então, a construção estava fechada.

Em 2007, o governador José Serra (PSDB) decidiu implantar o museu no espaço. Após o início, a construção do Catavento demorou cerca de um ano e três meses para ser concluída e consumiu R$ 20 milhões. A expectativa da Secretaria de Cultura é que meio milhão de pessoas visitem o local no primeiro ano de funcionamento, sendo 15 mil alunos da rede estadual de ensino.

Serviço
Museu Catavento
Local: Palácio das Indústrias – Parque Dom Pedro II, Centro de SP
Funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 17h (bilheteria fecha às 16h)
Ingresso: R$ 6 (estudantes e idosos pagam meia entrada)
(É recomendada a visita para crianças a partir dos 6 anos)

Fonte: G1 (http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1058875-5605,00-SP+GANHA+MUSEU+DE+CIENCIA+INTERATIVO+VOLTADO+AO+PUBLICO+JOVEM.html), em 26 de março de 2009.

Senado aprova projeto que obriga planos a custear vasectomia e laqueadura

Lista de procedimentos aprovados inclui ainda o uso do DIU.
Agora, projeto será encaminhado para sanção do presidente Lula.
O Senado aprovou um projeto nesta quarta-feira (25) à noite que obriga os planos de saúde a cobrir despesas com planejamento familiar. Entre os procedimentos que poderão ser cobertos estão as cirurgias de vasectomia e laqueadura. O projeto segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar ampliou o rol dos procedimentos médicos que deveriam ser cobertos pelos planos há quase um ano, mas para o cliente nem sempre é fácil conseguir autorização –o que pode mudar agora com o projeto aprovado. Vasectomia, laqueadura e DIU estão na lista.
O presidente da Associação que reúne as empresas de planos de saúde, Arlindo de Almeida, reconheceu que ainda há dificuldade para a aplicação do rol. Mesmo assim considerou o projeto aprovado redundante.
Já a Agência Nacional de Saúde Suplementar apoiou a iniciativa do Senado. Disse que a nova lei será mais um instrumento de defesa do consumidor.
“À medida em que a lei institui também ações de planejamento familiar, ela nada mais faz do que legitimar já a iniciativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Ela transmite à sociedade e ao próprio setor que você vai poder ter sim ações de planejamento familiar custeadas pelo seu plano de saúde”, diz Eduardo Sales, diretor de fiscalização da ANS.
A sanção do projeto poderia ajudar pessoas como o funcionário público Rogério Oliveira Souza, que tem plano de saúde. Quando ele decidiu fazer vasectomia, precisou pagar do próprio bolso. “A vasectomia foi R$ 700. O médico deu um desconto porque a tabela é R$ 1.000”, disse.
“Planejamento familiar agora será coberto como um todo. Antes era só a contracepção. Por exemplo, o uso de DIU, de laqueadura, de vasectomia. Agora a concepção também, ou seja, a fertilização, a fecundidade da mulher ou do homem estarão protegido pelos planos de saúde”, diz a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), relatora do projeto.
Fonte: G1 (http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1060284-5598,00-SENADO+APROVA+PROJETO+QUE+OBRIGA+PLANOS+A+CUSTEAR+VASECTOMIA+E+LAQUEADURA.html), em 26 de março de 2009.

Acidente em Chernobyl afetou também invertebrados, diz estudo

Cientistas antes especulavam que tragédia podia ter ajudado animais. Pesquisa mostra que presença de aranhas e insetos diminuiu.
Invertebrados são muito sensíveis à radiação em Chernobyl (Foto: Vasily Fedosenko/Reuters)
A maior parte das conversas sobre as consequências ecológicas do acidente nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, foi sobre o impacto do desastre de 1986 sobre os animais. Pesquisas recentes refutaram a ideia de que a região em torno da usina de energia, contaminada por radiação e proibida para a maioria dos humanos, tenha se tornado um tipo de Éden pós-apocalíptico para cervos, raposas e outros mamíferos e pássaros.
Um novo estudo dos mesmos pesquisadores mostra que a região não é um paraíso para invertebrados. Anders Pape Moller, da Universidade de Paris-South, e Timothy A. Mousseau, da Universidade da Carolina do Sul, relatam na publicação "Biology Letters" que a abundância de insetos e aranhas foi reduzida na área.
Os pesquisadores conduziram pesquisas-padrão em florestas ao redor de Chernobyl durante três primaveras, de 2006 a 2008, anotando os números de abelhas, borboletas, libélulas, gafanhotos e teias de aranhas em pontos com níveis radioativos que variavam em quatro ordens de magnitude.
Após controlar por fatores como altura da vegetação e tipo de solo, eles descobriram que a abundância diminuía com o aumento da intensidade de radiação. O declínio era notável até mesmo em áreas com níveis relativamente baixos (cerca de 100 vezes de paisagens normais), o que sugere que a maioria dos invertebrados é altamente sensível a radiação.
Os pesquisadores notam que a maior parte da radiação da área está na camada superior do solo, e dado que muitos invertebrados passam muito tempo dentro ou próximos do solo – como ovos, larvas ou adultos –, isso pode explicar o declínio.
Fonte: G1 (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1058743-5603,00-ACIDENTE+EM+CHERNOBYL+AFETOU+TAMBEM+INVERTEBRADOS+DIZ+ESTUDO.html), em 26 de março de 2009.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Cientista procura cogumelos luminosos na Amazônia

Uma espécie já foi encontrada por biólogo de Manaus. Cogumelo emite luz verde semelhante à dos vaga-lumes.
A descoberta foi feita por acaso. Durante uma expedição científica na rodovia BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, o biólogo Ricardo Braga-Neto percebeu que havia algo diferente em um pequeno cogumelo na mata: ele brilhava no escuro. Uma fraca luz verde, parecida com o brilho natural dos vaga-lumes, destacava o fungo na floresta.

A espécie já era conhecida, mas ninguém até então havia percebido nela o fenômeno da bioluminescência – o mecanismo que permite a seres vivos emitirem luz. Com a ajuda do colega Dennis Desjardin, dos EUA, Braga-Neto descobriu que Mycena lacrimans é a primeira espécie de fungo encontrada na Amazônia que tem o cogumelo bioluminescente, entre as 64 já classificadas no mundo.
Convencido de que a floresta pode guardar muitas outras surpresas, o biólogo, que é pesquisador do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) do Ministério da Ciência e Tecnologia, procura outros cientistas para aprofundar as pesquisas sobre fungos na Amazônia.
“Os fungos fazem parte de um reino tão importante quanto os animais e plantas, mas ainda são pouco estudados. Como eles são responsáveis pela reciclagem de nutrientes nos ecossistemas terrestres, são especialmente importantes na Amazônia, onde o solo é geralmente muito pobre”, explica Braga-Neto.

Já se tem alguma idéia sobre o mecanismo que gera a luz emitida pelos fungos, mas ainda não se sabe para que ela serve. “Alguns estudos mostram que isso atrai insetos. Outra hipótese é que essa luz seja usada para afastar bichos que comem fungos. Mas há também a idéia de que a luz serve para atrair predadores dos bichos que comem fungos”, conta o biólogo.

Ainda que a luz tenha cor semelhante à emitida pelos vaga-lumes, o pesquisador adverte que o mecanismo é bem diferente. A luz dos fungos é contínua, emitida inclusive durante o dia, e está ligada ao processo da decomposição da lignina, substância presente na madeira.

Quem quiser ver o cogumelo exibindo sua bioluminescência tem que enfrentar alguns desafios. “Uma boa estratégia para tentar achá-los é visitar a floresta em noite de lua nova, mas como geralmente se caminha na mata com lanternas acesas, é necessário ficar parado com a lanterna desligada por vários minutos olhando para chão, até que os olhos se acostumem com a escuridão e a luz dos fungos comece a ser reconhecida”, instrui o biólogo no blog de pesquisadores ligados ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

Fonte: G1 (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1041877-5603,00-CIENTISTA+PROCURA+COGUMELOS+LUMINOSOS+NA+AMAZONIA.html ), em 16 de março de 2009.

Incidência de câncer é menor entre vegetarianos, diz estudo

Pesquisa britânica mostrou que risco da doença é menor entre não-carnívoros, exceto no caso de tumores colorretais.

Um estudo realizado na Grã-Bretanha sugere que uma dieta vegetariana pode ajudar a prevenir câncer.

Os pesquisadores analisaram dados de 52,7 mil pessoas com idades de 20 a 89 anos, e concluíram que as que não comiam carne tinham uma incidência significativamente menor de câncer do que as que incluiam carne em sua dieta.

O estudo revelou, contudo, que os vegetarianos - quase um terço dos participantes - tinham uma maior incidência de câncer colorretal, que abrange tumores que atingem o cólon (intestino grosso) e o reto.

Este tipo de câncer geralmente está associado ao consumo de carne vermelha e a descoberta surpreendeu os pesquisadores.

O autor da pesquisa, Tim Key, da organização Cancer Research UK, disse que nenhum estudo anterior havia examinado a dieta vegetariana dessa forma e a questão gera muita confusão.

"É interessante. Ele (o estudo) sugere que pode haver alguma redução do risco de câncer em vegetarianos e pessoas que comem peixe e precisamos examinar isto com cuidado", afirmou.

"Ele (o estudo) não sustenta a ideia de que vegetarianos têm uma incidência mais baixa de câncer colorretal e eu acho que (...) nós precisamos analisar com mais cuidado como a carne se encaixa nisto."

O estudo foi publicado no "American Journal of Clinical Nutrition".

Fonte: G1 (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1044337-5603,00-INCIDENCIA+DE+CANCER+E+MENOR+ENTRE+VEGETARIANOS+DIZ+ESTUDO.html ), em 16 de março de 2009.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Fadiga mental pode levar a cansaço físico, diz estudo

Voluntários fizeram teste de concentração antes de exercício físico.
Cansaço veio mais rápido assim do que só com o esforço corporal.
Pode não ser uma surpresa, mas pesquisadores mostraram experimentalmente que o trabalho mental é fisicamente exaustivo.
Num estudo britânico publicado no "The Journal of Applied Physiology", pesquisadores recrutaram dez homens e seis mulheres para realizar um exercício por computador que exigia concentração, memória e velocidade de reação. Em seguida os participantes se exercitaram numa bicicleta ergométrica até se exaurirem – ou seja, até ficarem incapazes de manter uma cadência de 60 giros por minuto. Em outro dia, como controle, seu exercício físico foi precedido por 90 minutos de filmes documentários sobre carros e trens.
Embora não houvesse diferenças significativas nas medições fisiológicas (frequência cardíaca e outras) sob as duas condições, os participantes se cansaram cerca de 15% mais rapidamente após o exercício mental do que após assistir aos filmes.
Aparentemente, os resultados piores nos exercícios após esforços mentais foram causados não pelo desempenho reduzido de seus corpos, mas pela exaustão de suas mentes.
"Isso testa se o cérebro, por si só, pode limitar o desempenho físico, e acabamos mostrando que pode, sim", disse Samuele M. Marcora, principal autora e palestrante sênior em fisiologia na Universidade Bangor, em Wales. "Se você quer aprimorar sua aptidão física aos níveis máximos, provavelmente é melhor se exercitar quando não estiver mentalmente cansado."

Fonte: G1 (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1038881-5603,00-FADIGA+MENTAL+PODE+LEVAR+A+CANSACO+FISICO+DIZ+ESTUDO.html), em 12 de março de 2009.