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quinta-feira, 26 de março de 2009

SP ganha museu de ciência interativo voltado ao público jovem

Espaço de 8 mil m² na região central será inaugurado nesta quinta (26).
Catavento funciona em prédio que abrigou prefeitura entre 1992 e 2002.

Com o nome inspirado em um brinquedo de criança, será inaugurado nesta quinta-feira (26) o primeiro grande museu interativo de ciência de São Paulo. O Catavento, como foi batizado, irá funcionar em uma área de 8 mil m² dentro do Palácio das Indústrias, na região central da capital paulista. Ele vai estar aberto ao público somente a partir desta sexta-feira (27).

Os idealizadores informam que o museu tem um grande “apelo” junto ao público jovem – definições de seu presidente.

No espaço, criado pelas secretarias estaduais de Cultura e Educação, com apoio, por exemplo, da Universidade de São Paulo (USP), foram distribuídas 250 instalações em quatro seções chamadas universo, vida, engenho e sociedade. Em cada uma das áreas, o público terá acesso a conceitos que vão desde a formação do universo até a constituição do corpo humano e o funcionamento da sociedade. Tudo por meio da interação com equipamentos multimídia.

Logo na entrada, o visitante se depara com o primeiro dos ambientes interativos. Dentro da seção universo, a sala inicial simula a lua e visão que temos, a partir dela, da Terra. Até uma suposta pegada de um astronauta no solo lunar foi colocada no chão do local. Mais à frente, é possível ver, em grandes painéis e televisões com vídeos que respondem ao toque, a formação e constituição do universo, suas galáxias e planetas. Nesse espaço está, aliás, um dos poucos objetos históricos reais do lugar: um meteorito de 8,4 kg com mais de 6 mil anos, descoberto na Argentina.

Big Bang e Nemo

Após o passeio pelo espaço, em uma rápida passagem pelo “Big Bang” (nome dado por cientistas para explicar a origem do universo) o público chega à Terra e a percorre desde o seu núcleo até a crosta, com direito à verificar pedaços de minerais e rochas que constituem o solo. A ideia nesse espaço foi transmitir a sensação, para quem o percorre, de subir uma gruta até chegar à superfície do planeta.

Na seção seguinte, a vida, é possível se deparar com uma análise em 3D (três dimensões) do corpo humano e estudos que vão até o genoma. A biodiversidade também é apresentada neste espaço. Entre os seres vivos reais, destaque para o grande aquário com diversos “peixes palhaços”, aqueles que deram origem ao personagem Nemo, da animação “Procurando Nemo”, que deve garantir sucesso junto ao público infanto-juvenil.

No engenho, as criações do homem e como ele descobriu o funcionamento do espaço que o cerca são apresentadas nas áreas de eletromagnetismo, som, mecânica, calor e fluidos.

Conscientização juvenil

O pavimento superior do prédio foi dedicado à seção batizada de sociedade. Destaque para o espaço destinado às discussões, em que o objetivo é estimular os adolescentes e jovens a debaterem a solução de temas polêmicos que envolvem conceitos variados como ecologia e paz.

No espaço se encontra uma parede de escalada com imagens de diversos pensadores da humanidade, como Gandhi e Winston Churchill. A medida que o visitante sobe a parede e se aproxima das figuras, um sensor é acionado e as imagens conversam com o público.

Também nessa seção, por meio de uma parceria com uma ONG (organização não-governamental) que trabalha com questões envolvendo sexualidade entre adolescentes, foi montado um “espaço-labirinto” no qual grupos de 20 adolescentes participam de jogos em que, dependendo de suas respostas, demonstram conduta de risco ou prevenção com relação ao sexo.

Museu sem acervo

Com a inauguração do Catavento, a capital paulista passa a ter três grandes museus sem acervo, ou quase sem. Ao lado do Museu da Língua Portuguesa, na região da Luz, e do Futebol, no Pacaembu, o Catavento foi construído com base em ações de interatividade para reproduzir conceitos e conhecimento. Para o presidente do conselho do museu, Sérgio Freitas, essa é uma tendência do setor. "Apresentar as variedades de assuntos. Inclusive você consegue demonstrar espetacularmente conceitos que antes não se conseguia“, afirmou.

O Palácio das Indústrias, onde o museu está instalado, foi construído em 1924 e tombado como patrimônio histórico pelo Condephaat em 1982. No local funcionou a Prefeitura de São Paulo entre os anos de 1992 e 2002. Desde então, a construção estava fechada.

Em 2007, o governador José Serra (PSDB) decidiu implantar o museu no espaço. Após o início, a construção do Catavento demorou cerca de um ano e três meses para ser concluída e consumiu R$ 20 milhões. A expectativa da Secretaria de Cultura é que meio milhão de pessoas visitem o local no primeiro ano de funcionamento, sendo 15 mil alunos da rede estadual de ensino.

Serviço
Museu Catavento
Local: Palácio das Indústrias – Parque Dom Pedro II, Centro de SP
Funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 17h (bilheteria fecha às 16h)
Ingresso: R$ 6 (estudantes e idosos pagam meia entrada)
(É recomendada a visita para crianças a partir dos 6 anos)

Fonte: G1 (http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1058875-5605,00-SP+GANHA+MUSEU+DE+CIENCIA+INTERATIVO+VOLTADO+AO+PUBLICO+JOVEM.html), em 26 de março de 2009.

Senado aprova projeto que obriga planos a custear vasectomia e laqueadura

Lista de procedimentos aprovados inclui ainda o uso do DIU.
Agora, projeto será encaminhado para sanção do presidente Lula.
O Senado aprovou um projeto nesta quarta-feira (25) à noite que obriga os planos de saúde a cobrir despesas com planejamento familiar. Entre os procedimentos que poderão ser cobertos estão as cirurgias de vasectomia e laqueadura. O projeto segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar ampliou o rol dos procedimentos médicos que deveriam ser cobertos pelos planos há quase um ano, mas para o cliente nem sempre é fácil conseguir autorização –o que pode mudar agora com o projeto aprovado. Vasectomia, laqueadura e DIU estão na lista.
O presidente da Associação que reúne as empresas de planos de saúde, Arlindo de Almeida, reconheceu que ainda há dificuldade para a aplicação do rol. Mesmo assim considerou o projeto aprovado redundante.
Já a Agência Nacional de Saúde Suplementar apoiou a iniciativa do Senado. Disse que a nova lei será mais um instrumento de defesa do consumidor.
“À medida em que a lei institui também ações de planejamento familiar, ela nada mais faz do que legitimar já a iniciativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Ela transmite à sociedade e ao próprio setor que você vai poder ter sim ações de planejamento familiar custeadas pelo seu plano de saúde”, diz Eduardo Sales, diretor de fiscalização da ANS.
A sanção do projeto poderia ajudar pessoas como o funcionário público Rogério Oliveira Souza, que tem plano de saúde. Quando ele decidiu fazer vasectomia, precisou pagar do próprio bolso. “A vasectomia foi R$ 700. O médico deu um desconto porque a tabela é R$ 1.000”, disse.
“Planejamento familiar agora será coberto como um todo. Antes era só a contracepção. Por exemplo, o uso de DIU, de laqueadura, de vasectomia. Agora a concepção também, ou seja, a fertilização, a fecundidade da mulher ou do homem estarão protegido pelos planos de saúde”, diz a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), relatora do projeto.
Fonte: G1 (http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1060284-5598,00-SENADO+APROVA+PROJETO+QUE+OBRIGA+PLANOS+A+CUSTEAR+VASECTOMIA+E+LAQUEADURA.html), em 26 de março de 2009.

Acidente em Chernobyl afetou também invertebrados, diz estudo

Cientistas antes especulavam que tragédia podia ter ajudado animais. Pesquisa mostra que presença de aranhas e insetos diminuiu.
Invertebrados são muito sensíveis à radiação em Chernobyl (Foto: Vasily Fedosenko/Reuters)
A maior parte das conversas sobre as consequências ecológicas do acidente nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, foi sobre o impacto do desastre de 1986 sobre os animais. Pesquisas recentes refutaram a ideia de que a região em torno da usina de energia, contaminada por radiação e proibida para a maioria dos humanos, tenha se tornado um tipo de Éden pós-apocalíptico para cervos, raposas e outros mamíferos e pássaros.
Um novo estudo dos mesmos pesquisadores mostra que a região não é um paraíso para invertebrados. Anders Pape Moller, da Universidade de Paris-South, e Timothy A. Mousseau, da Universidade da Carolina do Sul, relatam na publicação "Biology Letters" que a abundância de insetos e aranhas foi reduzida na área.
Os pesquisadores conduziram pesquisas-padrão em florestas ao redor de Chernobyl durante três primaveras, de 2006 a 2008, anotando os números de abelhas, borboletas, libélulas, gafanhotos e teias de aranhas em pontos com níveis radioativos que variavam em quatro ordens de magnitude.
Após controlar por fatores como altura da vegetação e tipo de solo, eles descobriram que a abundância diminuía com o aumento da intensidade de radiação. O declínio era notável até mesmo em áreas com níveis relativamente baixos (cerca de 100 vezes de paisagens normais), o que sugere que a maioria dos invertebrados é altamente sensível a radiação.
Os pesquisadores notam que a maior parte da radiação da área está na camada superior do solo, e dado que muitos invertebrados passam muito tempo dentro ou próximos do solo – como ovos, larvas ou adultos –, isso pode explicar o declínio.
Fonte: G1 (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1058743-5603,00-ACIDENTE+EM+CHERNOBYL+AFETOU+TAMBEM+INVERTEBRADOS+DIZ+ESTUDO.html), em 26 de março de 2009.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Cientista procura cogumelos luminosos na Amazônia

Uma espécie já foi encontrada por biólogo de Manaus. Cogumelo emite luz verde semelhante à dos vaga-lumes.
A descoberta foi feita por acaso. Durante uma expedição científica na rodovia BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, o biólogo Ricardo Braga-Neto percebeu que havia algo diferente em um pequeno cogumelo na mata: ele brilhava no escuro. Uma fraca luz verde, parecida com o brilho natural dos vaga-lumes, destacava o fungo na floresta.

A espécie já era conhecida, mas ninguém até então havia percebido nela o fenômeno da bioluminescência – o mecanismo que permite a seres vivos emitirem luz. Com a ajuda do colega Dennis Desjardin, dos EUA, Braga-Neto descobriu que Mycena lacrimans é a primeira espécie de fungo encontrada na Amazônia que tem o cogumelo bioluminescente, entre as 64 já classificadas no mundo.
Convencido de que a floresta pode guardar muitas outras surpresas, o biólogo, que é pesquisador do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) do Ministério da Ciência e Tecnologia, procura outros cientistas para aprofundar as pesquisas sobre fungos na Amazônia.
“Os fungos fazem parte de um reino tão importante quanto os animais e plantas, mas ainda são pouco estudados. Como eles são responsáveis pela reciclagem de nutrientes nos ecossistemas terrestres, são especialmente importantes na Amazônia, onde o solo é geralmente muito pobre”, explica Braga-Neto.

Já se tem alguma idéia sobre o mecanismo que gera a luz emitida pelos fungos, mas ainda não se sabe para que ela serve. “Alguns estudos mostram que isso atrai insetos. Outra hipótese é que essa luz seja usada para afastar bichos que comem fungos. Mas há também a idéia de que a luz serve para atrair predadores dos bichos que comem fungos”, conta o biólogo.

Ainda que a luz tenha cor semelhante à emitida pelos vaga-lumes, o pesquisador adverte que o mecanismo é bem diferente. A luz dos fungos é contínua, emitida inclusive durante o dia, e está ligada ao processo da decomposição da lignina, substância presente na madeira.

Quem quiser ver o cogumelo exibindo sua bioluminescência tem que enfrentar alguns desafios. “Uma boa estratégia para tentar achá-los é visitar a floresta em noite de lua nova, mas como geralmente se caminha na mata com lanternas acesas, é necessário ficar parado com a lanterna desligada por vários minutos olhando para chão, até que os olhos se acostumem com a escuridão e a luz dos fungos comece a ser reconhecida”, instrui o biólogo no blog de pesquisadores ligados ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

Fonte: G1 (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1041877-5603,00-CIENTISTA+PROCURA+COGUMELOS+LUMINOSOS+NA+AMAZONIA.html ), em 16 de março de 2009.

Incidência de câncer é menor entre vegetarianos, diz estudo

Pesquisa britânica mostrou que risco da doença é menor entre não-carnívoros, exceto no caso de tumores colorretais.

Um estudo realizado na Grã-Bretanha sugere que uma dieta vegetariana pode ajudar a prevenir câncer.

Os pesquisadores analisaram dados de 52,7 mil pessoas com idades de 20 a 89 anos, e concluíram que as que não comiam carne tinham uma incidência significativamente menor de câncer do que as que incluiam carne em sua dieta.

O estudo revelou, contudo, que os vegetarianos - quase um terço dos participantes - tinham uma maior incidência de câncer colorretal, que abrange tumores que atingem o cólon (intestino grosso) e o reto.

Este tipo de câncer geralmente está associado ao consumo de carne vermelha e a descoberta surpreendeu os pesquisadores.

O autor da pesquisa, Tim Key, da organização Cancer Research UK, disse que nenhum estudo anterior havia examinado a dieta vegetariana dessa forma e a questão gera muita confusão.

"É interessante. Ele (o estudo) sugere que pode haver alguma redução do risco de câncer em vegetarianos e pessoas que comem peixe e precisamos examinar isto com cuidado", afirmou.

"Ele (o estudo) não sustenta a ideia de que vegetarianos têm uma incidência mais baixa de câncer colorretal e eu acho que (...) nós precisamos analisar com mais cuidado como a carne se encaixa nisto."

O estudo foi publicado no "American Journal of Clinical Nutrition".

Fonte: G1 (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1044337-5603,00-INCIDENCIA+DE+CANCER+E+MENOR+ENTRE+VEGETARIANOS+DIZ+ESTUDO.html ), em 16 de março de 2009.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Fadiga mental pode levar a cansaço físico, diz estudo

Voluntários fizeram teste de concentração antes de exercício físico.
Cansaço veio mais rápido assim do que só com o esforço corporal.
Pode não ser uma surpresa, mas pesquisadores mostraram experimentalmente que o trabalho mental é fisicamente exaustivo.
Num estudo britânico publicado no "The Journal of Applied Physiology", pesquisadores recrutaram dez homens e seis mulheres para realizar um exercício por computador que exigia concentração, memória e velocidade de reação. Em seguida os participantes se exercitaram numa bicicleta ergométrica até se exaurirem – ou seja, até ficarem incapazes de manter uma cadência de 60 giros por minuto. Em outro dia, como controle, seu exercício físico foi precedido por 90 minutos de filmes documentários sobre carros e trens.
Embora não houvesse diferenças significativas nas medições fisiológicas (frequência cardíaca e outras) sob as duas condições, os participantes se cansaram cerca de 15% mais rapidamente após o exercício mental do que após assistir aos filmes.
Aparentemente, os resultados piores nos exercícios após esforços mentais foram causados não pelo desempenho reduzido de seus corpos, mas pela exaustão de suas mentes.
"Isso testa se o cérebro, por si só, pode limitar o desempenho físico, e acabamos mostrando que pode, sim", disse Samuele M. Marcora, principal autora e palestrante sênior em fisiologia na Universidade Bangor, em Wales. "Se você quer aprimorar sua aptidão física aos níveis máximos, provavelmente é melhor se exercitar quando não estiver mentalmente cansado."

Fonte: G1 (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1038881-5603,00-FADIGA+MENTAL+PODE+LEVAR+A+CANSACO+FISICO+DIZ+ESTUDO.html), em 12 de março de 2009.

Ancestral do homem povoou China com 'ajuda' de glaciações, diz estudo

Conclusão vem de nova datação para o célebre 'homem de Pequim'. Fósseis de hominídeo chegam perto dos 800 mil anos, sugere análise.
Crânio reconstruído de H. erectus chinês (Foto: Russell L. Ciochon/Universidade de Iowa)
O chamado "homem de Pequim", um dos fósseis mais famosos entre os ancestrais da humanidade, acaba de ficar um pouquinho mais velho. "Um pouquinho", claro, em termos geológicos: estamos falando de 200 mil anos a mais, de acordo com uma nova datação conduzida por pesquisadores na China e nos EUA. Se a análise estiver correta, é bem provável que o Homo erectus tenha colonizado o extremo leste da Ásia com uma mãozinha das fases glaciais que estavam assolando o planeta -- os habitats abertos preferidos pelo hominídeo teriam sido favorecidos pelo frio global.

A estimativa de que o Homo erectus de Pequim viveu há 800 mil anos, e não há 600 mil anos, como se acreditava anteriormente, está na edição desta semana da revista científica britânica "Nature". A equipe liderada por Guanjun Shen, da Universidade Normal de Nanquim, usou um método novo e um bocado interessante para datar os artefatos produzidos pelo Homo erectus de Zhoukoudian. Essa caverna, que fica na zona metropolitana da capital chinesa, é a maior jazida de fósseis da espécie extinta no planeta, com seis crânios quase completos e cerca de 40 indivíduos encontrados lá.

Para a sorte de Shen e companhia, vários artefatos do local foram feitos com quartzo. E esse mineral, quando atingido por radiação cósmica, ganha duas formas instáveis dos elementos químicos alumínio e berílio, que vão desaparecendo a uma taxa fixa, como o tique-taque de um relógio. Se pedaços de quartzo forem retirados da superfície -- sendo enterrados numa caverna, por exemplo --, as formas instáveis deixam de se formar no mineral. Com isso, é possível saber com relativa precisão quando as ferramentas de quartzo foram parar na caverna, o que permitiu aos cientistas datar a ocupação do local pelo H. erectus chinês.

Fonte: G1 (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1038581-5603,00-ANCESTRAL+DO+HOMEM+POVOOU+CHINA+COM+AJUDA+DE+GLACIACOES+DIZ+ESTUDO.html), em 12 de março de 2009.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Acidificação dos mares pode causar extinção em massa, alertam cientistas

Desde a Revolução Industrial mares estão 30% mais ácidos; há risco do desaparecimento de conchas.

Cientistas britânicos advertiram em um Congresso sobre Mundanças Climáticas em Copenhage, na Dinamarca, que as emissões de dióxido de carbono produzidas pela queima de combustíveis fósseis estão tornando os oceanos mais ácidos, o que pode provocar uma extinção em massa de espécies marinhas.

Carol Turley do Laboratório Marinho de Plymouth, no sul da Inglaterra, disse que é impossível saber como a vida marinha vai reagir, mas ela teme que várias espécies não sobrevivam.

Desde a Revolução Industrial, no século 18, as emissões de CO2 já elevaram a acidez dos mares em mais de 30%, de acordo com pesquisadores.

"Eu estou muito preocupada com os ecossistemas dos oceanos, que atualmente são produtivos e diversificados", disse Turley à BBC. "Eu acredito que nós podemos estar caminhando para uma extinção em massa, pois esse ritmo de mudanças nos oceanos não é visto desde o tempo dos dinossauros", afirmou.

"Isto pode ter um grande impacto na segurança alimentar. É realmente imperativo reduzirmos as emissões de CO2."

O problema mais acentuado é para criaturas que precisam de um ambiente alcalino para produzir conchas e carapaças formadas por cálcio. Testes de laboratório sugerem que as estrelas do mar podem desaparecer até o final do século se atual tendência de emissões continuar.

Os cientistas receiam que os mariscos também não consigam suportar o aumento da acidez.

Turley disse: "As coisas vão mudar. Nós não sabemos ainda exatamente como."

Andy Watson, biólogo marinho da Universidade de East Anglia, acredita que mudanças climáticas e pesca excessiva podem trazer sérios danos aos oceanos ainda antes dos efeitos da acidificação. Ele condena o aumento da emissão de CO2 resultante de atividades humanas, mas destaca que a acidez oceânica também pode flutuar naturalmente.

Ele imagina que algumas criaturas podem se adaptar às mudanças ao longo do tempo.

"Em várias experiências que estão sendo feitas no momento, são provocadas mudanças repentinas. O CO2 ou a acidez são aumentados rapidamente, por exemplo."

"Claro que isso não é realmente o que vai acontecer no mundo real. Ao invés disso, haverá uma elevação gradual do CO2 e da acidez. E nós não sabemos se os organismos poderão se adaptar ou o quão rápido poderão fazer isso", disse Tony Knapp, diretor do instituto BIOS, nas Bermudas, onde são feitas algumas das medições da acidez dos oceanos.

Knapp defende sua conclusão de que o aumento recente da acidez foi causado por emissões de CO2 resultantes da queima de combustíveis fósseis. "Levou muito tempo para que eu me convencesse. Sou um cético por natureza. Mas se olharmos para os dados recolhidos (...) na verdade não se pode chegar a outra conclusão", afirmou.

Como exemplo para suas previsões sobre os efeitos da acidificação nos oceanos, os cientistas citam a ilha de Ischia, na Baía de Nápoles, Itália. Ali, os cientistas encontraram indícios de que várias criaturas não vão conseguir se adaptar à crescente acidificação.

A água do mar em volta de parte da ilha é mais ácida há milhares de anos por causa de emissões de CO2 por aberturas vulcânicas que borbulham no leito marinho.

Se a pesquisa em Ischia apresentar uma imagem precisa do futuro dos oceanos, as perspectivas para os organismos que formam conchas são sombrias."Nós estamos muito preocupados", disse Jason Hall-Spencer, da Universidade de Plymouth, que estuda o local. "As mudanças aqui claramente tornaram a vida impossível para criaturas que formam conchas.""Quando você começa a mexer num ecossistema complexo, é impossível prever o que vai acontecer."

O ambiente na ilha italiana serve para dar uma idéia de quais as espécies que sairão ganhando e perdendo por causa dos altos níveis de acidez. Algumas algas marinhas podem se desenvolver mais em um ambiente altamente fertilizado com CO2.

Fonte: G1 (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1037887-5603,00-ACIDIFICACAO+DOS+MARES+PODE+CAUSAR+EXTINCAO+EM+MASSA+ALERTAM+CIENTISTAS.html), em 11 de março de 2009. de 2009.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Nova técnica para bloquear trompas e evitar gravidez chega ao Brasil

Hospital das Clínicas, em São Paulo, foi primeiro local a adotar o método. Estratégia que dispensa cirurgia já é bastante usada nos EUA e na Europa.O Hospital das Clínicas, em São Paulo, testou e aprovou um método que pode facilitar a vida de quem espera por uma laqueadura -- procedimento cirúrgico em que as trompas são ligadas para evitar filhos. Sem cirurgia, os médicos conseguem bloquear as trompas e evitar para sempre uma gravidez.
A técnica, já usada em larga escala na Europa e nos Estados Unidos, é mais eficaz que a pílula, o DIU (dispositivo intra-uterino) e a laqueadura tradicional.
Com a ajuda de um aplicador e uma microcâmera, o médico implanta duas molas de titânio, uma em cada trompa da paciente. O dispositivo provoca uma reação no tecido, que bloqueia completamente as trompas.
A funcionária pública Neusa Maria de Brito, 39, já tem seis filhos e decidiu que não pretende mais engravidar. Por isso, tornou-se a primeira paciente a usufruir da técnica em solo nacional. "Fiquei com medo como todas, de uma nova experiência, se ia funcionar mesmo", diz. "Deu certo e eu creio que estou tranquila, não vou engravidar mais."
O procedimento é bem rápido. Demora no máximo dez minutos e pode ser feito numa consulta de rotina, no ambulatório mesmo, porque a paciente não sofre nenhuma corte, nem precisa de anestesia.
"Nós orientamos a paciente para que nos primeiros três meses ela use outro método contraceptivo, porque esse é o período para que haja a obstrução, o fechamento da trompa", explica Edmundo Baracat, diretor de ginecologia do HC.
Com a adoção do novo método nos hospitais públicos, as salas de cirurgia ficariam livres para operações mais complicadas. E, no maior ambulatório de ginecologia da América Latina, a técnica seria a saída para acabar com uma espera que pode chegar a um ano e meio.
"Nós temos uma fila aqui para laqueadura em torno de 250 a 300 mulheres", diz Walter Pinheiro, chefe do ambulatório de ginecologia do HC. "Acabaria com a fila? Acabaria com a fila imediatamente."
O método já foi aprovado pela Anvisa e será feito um pedido para que o Ministério da Saúde inclua a técnica nos tratamentos oferecidos pelo SUS.
Fonte: G1 (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1035584-5603,00-NOVA+TECNICA+PARA+BLOQUEAR+TROMPAS+E+EVITAR+GRAVIDEZ+CHEGA+AO+BRASIL.html), em 09 de março de 2009.

Refeições em família trazem bons hábitos alimentares para jovens

Adolescentes ingeriam mais frutas, verduras e nutrientes essenciais. Dificuldade é manter o costume conforme adolescência avança.
Ensinar bons hábitos a um jovem, especialmente na transição da adolescência para a vida adulta, é tarefa difícil. Ainda mais quando estamos falando de hábitos alimentares. Segundo pesquisadores de Filadélfia, nos Estados Unidos, a melhor estratégia é fazer as refeições com os jovens -- quanto mais e por mais tempo, melhor.
Depois de acompanharem por mais de cinco anos um grupo de 600 crianças com 12 anos, os cientistas comprovaram o efeito benéfico das refeições em família. Aqueles que faziam cinco ou mais refeições com a família por semana não só adquiriam melhores hábitos alimentares como os mantinham por mais tempo. Além das refeições mais freqüentes, esses jovens se acostumaram a ter uma dieta mais rica. Consumiam mais frutas e vegetais, além de fibras, cálcio e sais minerais.
Um estudo anterior havia demonstrado que fazer as refeições em família resultava em melhores resultados acadêmicos e menos problemas sociais. Os registros também mostraram a dificuldade natural de se manter a regularidade. No início do estudo 60% dos participantes faziam as refeições em família. No final, cinco anos após, somente 30% mantinham o hábito.
O pesquisador-chefe ressaltou que a pesquisa demonstra não só os efeitos nutricionais benéficos das refeições familiares, mas também pode auxiliar a passagem dos jovens por essa difícil fase da vida.
Fonte: G1 (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1034666-5603,00-REFEICOES+EM+FAMILIA+TRAZEM+BONS+HABITOS+ALIMENTARES+PARA+JOVENS.html), em 09 de março de 2009.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Comprovada a eficiencia da hortelã no combate aos vermes

Muita gente vai dizer que já sabia, mas agora pesquisadores da Universidade de Brasília confirmaram que a planta é um remédio eficiente e muito barato contra verminose.

O cheiro agradável e o sabor refrescante fazem da hortelã uma das ervas mais procuradas nas feiras e supermercados.

Muita gente usa o hortelã para ajudar na gripe ou na digestão e está comprovada também a ação da planta no combate a giárdia e a ameba.


Uma pesquisa da Universidade de Brasília constatou que a folha de hortelã mais vendida no país, tem uma concentração elevada da substância que acaba com os parasitas.


Por isso, segundo os pesquisadores, o chá feito em casa, bem concentrado, tem o mesmo efeito dos remédios à base desta planta que você encontra na farmácia.

A pesquisadora mostra o tipo de hortelã ideal para um chá. “Elas têm as folhas lisas, sem pêlo nenhum, e o cabinho dela é roxinho, também sem pêlo nenhum. Se você olhar e ver algum tipo de pêlo e o cabinho for todo verdinho, da cor da folha, não serve”, comenta Erika Adjuto, pesquisadora - UnB.

O chá tem que ser feito do jeito indicado por dona Lindomar. “Eu lavo as folhinhas bem lavadas, esterilizo e coloco dentro de uma xícara, coloco água fervendo e abafo”, explica Lindomar Rocha da Silva, aposentada.


“A quantidade de folha que a gente recomenda é mais ou menos metade de maço, que dá para fazer uns dois copos de chá”, comenta a pesquisadora.


O melhor de tudo é que a hortelã, no supermercado, é um produto barato. E quem quiser também pode plantar em casa, como dona Odaisa.


“No meu quintal eu tenho bastante para o uso e dou para os vizinhos”, diz Odaisa Sena, aposentada.

Fonte: Jornal Hoje (http://g1.globo.com/jornalhoje/0,,MUL1027822-16022,00-COMPROVADA+A+EFICIENCIA+DA+HORTELA+NO+COMBATE+AOS+VERMES.html), em 04 de março de 2009.

terça-feira, 3 de março de 2009

Cientistas encontram tecido cerebral de 300 milhões de anos em peixe

Descoberta pode ajudar a entender evolução de peixes e outros animais vertebrados.

Cientistas dos Estados Unidos e da França anunciaram a descoberta de um tecido cerebral de 300 milhões de anos - o mais antigo exemplar do tipo já encontrado. O tecido foi recuperado de uma bolha dentro da caixa craniana do fóssil de um precursor extinto das quimeras (peixes aparentados aos tubarões) e vem do Estado americano do Kansas.

Em artigo na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences", os pesquisadores afirmaram que a descoberta abre um novo caminho para o estudo da evolução dos peixes e do desenvolvimento do cérebro em animais vertebrados.

"Até agora, os paleontólogos estudavam os formatos da cavidade craniana de fósseis para pesquisar a morfologia cerebral, pois nunca haviam encontrado tecido mole", explicou Alan Pradel, do Museu Nacional de História Natural de Paris, e um dos autores do artigo. Com a ajuda de técnicas de tomografia, cientistas do European Synchrotron Radiation Facility, em Grenoble, na França, criaram um modelo em 3D do que seria o cérebro do peixe.

Segundo os cientistas, o órgão era simétrico e tinha dimensões milimétricas. Como ocorre em muitos vertebrados pouco desenvolvidos, o cérebro desse peixe parava de crescer, enquanto a caixa craniana continuava se expandindo. Além disso, o cérebro também apresentava um grande lóbulo relacionado à visão e uma pequena secção destinada à audição. A presença de canais de audição em um plano horizontal também permitiu aos cientistas entender que o animal podia detectar movimentos laterais, mas não verticais.No início da Era Paleozoica, o peixe já apresentava características bastante peculiares, como o crânio gigante, dentes dispostos em fileiras, uma cauda "armada" com uma clava, e enormes nadadeiras peitorais dotadas de espinhos ou ganchos em suas pontas. A maioria tinha em média 15 cm de comprimento.

"Até hoje, não conhecíamos nada disso, e se trata de um animal realmente bizarro", afirmou John Maisey, curador de paleontologia do Museu Americano de História Natural, em Nova York, e também autor do artigo. "Mas agora sabemos que podemos procurar por mais cérebros em fósseis muito antigos e começar a entender melhor sobre eles", disse Maisey. "A evolução cerebral é crucial na história dos vertebrados."

Fonte: G1 (http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1025142-5603,00-CIENTISTAS+ENCONTRAM+TECIDO+CEREBRAL+DE+MILHOES+DE+ANOS+EM+PEIXE.html), em 03 de março de 2009.

A nova arma contra o câncer

Para os cientistas, o diagnóstico precoce e os testes genéticos são as novas armas contra o câncer, que somente neste ano deve invadir os corpos de 460 mil brasileiros

Uma dorzinha no abdome, nada demais. Mas, como tinha viagem marcada para a Europa, a psicóloga Sheila Schnaider Borelli, 48, foi convencida pelo marido a ir a um médico antes de embarcar. O gastro pediu uma tomografia. No resultado, apareceu um cisto no ovário esquerdo. "Bem onde eu sentia uma pontada", afirma.

Pela localização do cisto, ela marcou consulta com um ginecologista. Repetiu os exames. O cisto, que na semana anterior tinha cinco centímetros, já estava com 20. Ainda assim, o ginecologista disse que, aparentemente, não era grave. Para se despreocupar de vez, Sheila decidiu fazer a cirurgia e extrair o cisto. "Na esperança de me recuperar em seis dias, a tempo de embarcar para Paris."

Dia 24 de janeiro de 2008, sozinha no centro de recuperação, perguntou para o anestesista: "Foi tudo bem?". Ele respondeu que havia sido "mais ou menos". "Mas não tirou o cisto?" Sim, mas o anestesista disse, prontamente: "Você está com câncer". "Ao ouvir isso, vi todos os meus sonhos desmoronarem", diz.

Sheila conta que receber a notícia foi uma dor terrível. "Mesmo assim, no momento nem pensei se iria morrer, mas me preocupei com a perda dos meus cabelos." O marido, de 50 anos, e os três filhos - de 25, 23 e 21 - a esperavam no quarto. "Eu estava atordoada e sonada. Chorando, falei para meu marido que iria perder todo o meu cabelo", afirma. "Ele disse que tudo iria dar certo. Não havia outra opção."

O câncer no ovário já havia se espalhado para o intestino. O cirurgião alertou que ela passaria por uma fase difícil: se fosse há dez anos, as chances de recuperação seriam de 15% a 20%. "Recebi a quimioterapia mais forte que existe para poder estabilizar o tumor", diz. Após as quatro sessões, em maio do mesmo ano, Sheila passou por outra cirurgia - 20 horas na mesa de operação.

"Foi uma varredura. Os médicos tiraram 26 tumores na região abdominal." Desses, 13 eram malignos. Ao ler as notícias sobre a cirurgia do vice-presidente José Alencar, Sheila lembrou as semelhanças. "Durante a cirurgia, eu recebia doses de quimioterapia, como ocorreu com ele", afirma.

Após 15 dias, pode continuar se recuperando em casa. "Eu malho no mínimo duas horas todo dia. Meu condicionamento físico ajudou a me restabelecer mais rápido do que as outras pessoas que demoram para sair do hospital", diz. Os médicos decidiram que Sheila deveria fazer mais quatro sessões de quimio. A última ocorreu no dia 15 de agosto.

Sheila optou por ser positiva durante o tratamento. "Todas as vezes que ficava triste, folheava um álbum que minha filha montou com fotos de todas as pessoas que gostavam de mim", diz. "Não foi fácil. Em muitos momentos dá vontade de se entregar, mas eu tenho amor próprio." Quase no final do tratamento, em julho, Sheila descobriu uma fístula (lesão caracterizada por uma passagem pela qual se expelem secreções) da bexiga. Ficou com sonda até outubro, quando foi operada desse novo problema.

Atualmente, a cada três meses a psicóloga realiza exames de tomografia e de sangue. A partir de julho deste ano, o período aumentará para quatro meses. "Estou curada, tenho uma vontade imensa de viver", diz Sheila. "No hospital, colocava peruca e brincava com todos que iam me visitar, como os amigos da academia e a minha família. Recebi muito amor o tempo todo. Meu marido disse que me amava de qualquer jeito, sob qualquer circunstância."

Sheila voltou a realizar todas as atividades rotineiras, como ir malhar na academia. "Meu marido foi meu anjo da guarda, graças a Deus dei importância ao que ele disse." A viagem para Paris não tem mais data marcada, porém ainda pode acontecer.

Fonte: Galileu (http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG86755-7855-212,00-A+NOVA+ARMA+CONTRA+O+CANCER.html), em 02 de março de 2009.